O evento no último domingo atraiu mutuários que pagam pelo imóvel sem ter um contrato legalizado para ter a posse definitiva do apartamento, situação de mais da metade da população no conjunto habitacional Camilo Aschar
16:33 21/11/2017 Fotos: Leonardo Pizzingrilli
Neste domingo, 19/11, o Centro Comunitário Conquista em Cristo, ao lado do conjunto habitacional Camilo Aschar, em Perus, zona noroeste de São Paulo, foi pequeno para receber tantos moradores que vieram participar do evento de comercialização das unidades habitacionais no empreendimento. A COHAB fez um chamamento para atender a 334 mutuários que receberam no dia os esclarecimentos sobre a regularização contratual, para obter o documento de posse definitiva do imóvel. “Aqui são mais de 600 moradores, muita gente está disposta a ter o contrato direto com a COHAB, que é muito mais seguro do que esses de gaveta”, conta a líder comunitária no condomínio, Maria das Dores de Souza. A prefeita Luciana Torralles participou do evento, realizado em parceria com a Prefeitura Regional de Perus.
O Centro Comunitário ficou lotado no evento de comercialização da COHAB em Perus, no domingo
Dora, como os moradores chamam a líder comunitária local, agradece Á COHAB pela presença na comunidade e os serviços prestados no conjunto Camilo Aschar
A equipe da COHAB apresentou as condições de financiamento e tirou dúvidas sobre a documentação necessária para que os moradores possam formalizar um contrato, alguns até foram feitos na hora, durante o evento. “Moro aqui há 17 anos, sempre paguei em dia, mesmo agora recentemente quando eu fiquei sem trabalho. Já preenchi os papéis e agora fico mais tranquilo”, disse o morador do Camilo Aschar, José Ilton, 42. Há dois anos vivendo no conjunto habitacional, Elisandro da Silva Queiroz, 35 anos, é o quarto dono do apartamento onde mora e também foi ao evento de comercialização interessado em já regularizar a documentação contratual para garantir a posse do imóvel. Ao chegar ao conjunto habitacional, assumiu os reparos que o prédio precisava e se tornou síndico também. “Quando eu comprei, fui logo à COHAB para saber como poderia regularizar o imóvel, foi aí que eu soube que ele não poderia nem ter sido vendido assim, agora vou conseguir deixar tudo certo para seguir aqui, pagando e realizando meu sonho de ter uma casa própria com minha família”, disse.
Diretor Comercial Social da COHAB, Tiago Aguiar fala para os moradores que lotaram o centro comunitário para tornar oficial a compra dos imóveis onde vivem
O diretor Comercial Social da COHAB, Tiago de Aguiar abriu o evento informando aos moradores da presença periódica da COHAB nos conjuntos habitacionais com a unidade móvel COHAB na Área, que no dia do evento fez atendimentos. “Vocês podem contar conosco aqui, nos nossos eventos e no atendimento que vai aos bairros, também nos nossos postos que abrimos nas Prefeituras Regionais. O importante é que tenham a COHAB como o único interlocutor de vocês nessas situações. Contem com uma COHAB agora bem mais presente, perto da população, ajudando vocês a realizar o sonho de ter sua moradia dentro da legalidade”, disse. A gerente de Comercialização da COHAB, Fernanda Garcia Skolaude, apresentou as condições para os moradores interessados na formalização de compra dos imóveis com financiamento da COHAB. Os apartamentos do conjunto habitacional Camilo Aschar podem ser adquiridos em parcelas de até 240 meses (20 anos) e, caso não seja possível neste período, o mutuário poderá financiar em 300 meses (25 anos) e o pagamento à vista tem 15% de desconto. O empreendimento foi construído com recursos do FMH (69,72%) e da COHAB-SP (30,72%). A dona Josefa Francisca da Silva, moradora do conjunto habitacional há 16 anos, estava contente em poder dar entrada nos documentos para ter o imóvel financiado em seu nome. “Vim aqui para resolver esse problema, ficamos aqui abandonados por muitos anos, ficava um tempão sem vir ninguém da COHAB aqui. Agora, a gente vê que as coisas vão pra frente”, comemorou.
Na unidade móvel COHAB na Área, os técnicos fizeram atendimentos caso a caso, em Perus