Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo
Parceria da Cohab-SP e Justiça possibilita acordos com mutuários inadimplentes e rende R$ 6 milhões

A conciliação tem sido a melhor forma de garantir que mutuários em atraso não percam seus imóveis financiados e também que a Companhia volte a receber as prestações dos contratos renegociados


Horário: 17:35 - Data: 09/02/18

Reunião entre mutuário, funcionára da Cohab e mediador voluntário do Cejusc

Nos dias 6 e 8 de fevereiro, a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) realizou os primeiros mutirões para renegociações de contratos do ano. Os eventos do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) são uma parceria da Prefeitura de São Paulo e do Tribunal de Justiça de São Paulo. Nos dois dias, 71 acordos foram efetuados (32 no dia 6 e 39 no dia 8) e resultaram em um total de R$ 619.964,36 de parcelas recuperadas e que serão colocadas em dia.

Em 2017, 839 acordos foram fechados, que, somados, geraram uma receita de cerca de R$ 6 milhões para a Companhia. Graças a esse desempenho dos mutirões, a Cohab deve aumentar de dois para três os eventos mensais do Cejusc Municipal, que fica na Liberdade, centro da capital, e Itaquera, na zona leste, onde há a maior demanda por renegociações de contratos inadimplentes.

Os mutirões Cejusc são uma oportunidade para as pessoas que estão com atrasos de mais de três prestações dos imóveis adquiridos pelo programa de habitação municipal colocarem seus contratos em dia e não correrem o risco de ter o bem financiado reapropriado pela Cohab.

 “Trata-se de um mecanismo de mediação com o apoio da Justiça, que nos permite negociar o melhor acordo com os mutuários, sem custas processuais e de forma mais ágil”, afirma o gerente Jurídico de Gestão e Recuperação de Créditos da Cohab-SP, Ricardo Ricardes.

Se for considerado o custo mínimo de cinco (5) UFESP – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo, o equivalente a R$ 128,50 para a abertura de processo judicial, a Companhia fez uma economia aproximada de R$ 80 mil. Uma ação dessas, judicializada, pode levar até oito anos para um desfecho. 

Os mutuários recebem a convocação da Cohab-SP, com o timbre da Justiça, para comparecerem aos locais dos eventos, onde mediadores treinados pelo Cejusc e um funcionário da Companhia os recebem para as negociações.

Se a negociação for positiva, o novo contrato segue para o juiz presente, que o homologa na hora, validando o novo acordo. Segundo o gerente de Gestão e Recuperação de Crédito, Walter Zerbinatti, 99% das pessoas que comparecem aceitam os acordos.

“Os moradores de um mesmo prédio acabam se encontrando nesses mutirões e, aí, muitos que não vieram acabam interessados em comparecer nos próximos eventos”, conta.

O convênio da Prefeitura de São Paulo com o Tribunal de Justiça deu origem ao Cejusc, que fica em imóvel da Procuradoria Geral do Município.

Segundo o coordenador do Cejusc Central,  Ricardo Pereira Junior, a parceria entre a Cohab e o Tribunal de Justiça é boa para o Judiciário, que terá ações a menos. “É importantíssima porque permite a prevenção de ações contra os mutuários inadimplentes, e, ao mesmo tempo, os auxilia na regularização de seus direitos de adquirentes. Mas, principalmente, a ação resolve um problema social, permitindo que as famílias dos mutuários garantam sua moradia e seus investimentos”, afirma.

Rafael Cerqueira (no centro) após a reunião de renegociação.

Para Rafael Cerqueira, 33, morador de Cidade Tiradentes, o serviço o ajudou muito. "Eu possuo o imóvel há oito anos. Acabei me mudando, e meu irmão, que ficou morando no apartamento, deixou de pagar algumas parcelas. Quando voltei, descobri sobre esses meses atrasados. Nós já estávamos desacreditados, pensamos que era um caso perdido. Foi muito bom ter esse atendimento e sair daqui com a cabeça tranquila, sabendo que agora posso pagar essa pendência sem juros e não perder a minha casa" afirma.

Para o presidente da Cohab-SP, Edson Aparecido, a gestão com esse mecanismo ficou mais eficiente. “De uma forma legal e ágil, a empresa passa a receber de quem estava inadimplente, evitando gastos e uma burocracia que não faz sentido, quando o que se quer é resolver o problema para o bem dos mutuários e da Companhia”, disse.

 Confira o calendário de mutirões de acordos Cejusc e Cohab-SP em 2018 e participe!

 

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